"Novo Cangaço": com táticas militares, criminosos atacam cidades maiores

Quadrilhas contam com informações privilegiadas sobre movimentação de dinheiro e reúnem um número maior de criminosos

Rodrigo Hidalgo, do Jornal da Band

A ação dos criminosos em Araçatuba, no interior de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (30), mostrou uma mudança nesse tipo de crime chamado de "novo cangaço". As quadrilhas atacavam em cidades pequenas, agora estão mirando as maiores.

R$ 50 milhões de reais foram levados de um banco por 40 bandidos em Ourinhos, também no interior paulista, há um ano e quatro meses.

Cenas aterrorizantes também foram vistas em Botucatu (SP), em julho do ano passado. No mesmo mês, houve o maior roubo da história de Santa Catarina, na cidade de Criciúma.

Ataques feitos sempre com extrema violência e com moradores mantidos reféns por quadrilhas com armamento de guerra e explosivos.

Os grandes assaltos recentes mostram uma mudança nesse tipo de crime chamado de "novo cangaço". Antes, os grupos armados atacavam cidades pequenas, onde o efetivo policial é menor, por causa dos baixos índices de criminalidade.

Agora, as quadrilhas ligadas ao crime organizado estão priorizando assaltos com quantias milionárias. Para isso, elas contam com informações privilegiadas sobre a movimentação de dinheiro e reúnem um número maior de criminosos para conseguir atacar cidades de médio porte.

Segundo a polícia, esses assaltos têm envolvimento do PCC. A organização criminosa tem investido nesses ataques, que contam inclusive com assaltantes com treinamento militar. Parte dos valores é usada no negócio mais lucrativo da facção: o tráfico internacional de drogas.

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