Em entrevista a José Luiz Datena no Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, o secretário de segurança pública de Minas Gerais, César Greco, explicou por que a operação que matou 26 suspeitos de integrarem o novo cangaço em Varginha foi considerada um sucesso pelas autoridades.
“Quando falamos em sucesso, isso nada tem a ver com mortes, mas porque evitamos uma infração penal gravíssima, que é o que faz essa turma do novo cangaço, que espalha terror pelo Brasil todo, e também por não ter ferimento, lesão ou morte dos nossos policiais”, disse.
Greco exaltou também o fato de a operação ter sido conjunta entre Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal após um trabalho de serviço de inteligência e investigação de quase dois meses.
“O Estado integrado e unido vai ser sempre mais forte do que qualquer organização criminosa. Foi o que aconteceu. É um trabalho para ser aplaudido de pé. ‘Ah, mas houve 26 mortes’. Houve porque os criminosos não quiseram se entregar. Poderiam estar presos agora, mas não quiseram”, declarou, lembrando que os suspeitos receberam os policiais a tiros nas chácaras em que foram cercados.
“A gente ouve algumas pessoas falando que precisa investigar, que houve uma execução, um massacre… Isso é uma vergonha. Um absurdo”, completou.
Na operação policial em Varginha foram recuperados explosivos, armas longas ponto 50 e 10 fuzis, além de outras armas, munições, granadas, coletes, miguelitos e dez veículos roubados.
“O fuzil ponto 50 é uma coisa absurda. Não existe abrigo, não existe blindado, não existe parede, não existe absolutamente nada. E um poder de fogo altíssimo. Não é arma de segurança pública. É de guerra. A recuperação desse armamento também torna a operação muito bem-sucedida”, disse o secretário.
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Também em entrevista a Datena no Manhã Bandeirantes, Marco Antônio Territo, coordenador-Geral de Comunicação Institucional da PRF, endossou a opinião de Greco.
“Fomos para prender, mas ao serem recebidos a disparos os agentes repeliram a injusta agressão”, disse. “Hoje poderíamos estar chorando a morte de inocentes, que seriam usados como escudo humano. A sociedade de bem comemora esta operação”, concluiu.