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Novo titular na CPI da Covid, Heinze quer foco em prefeitos e governadores

Senador bolsonarista acredita que até o momento há "narrativas", mas "nada concreto" contra o governo federal

da Redação com BandNews TV

Novo membro titular da CPI da Covid no Senado Federal, Luis Carlos Heinze (PP-RS) pretende tentar retomar o debate acerca do trabalho de prefeitos e governadores no combate à pandemia. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (2) em entrevista à BandNews TV.  

Heinze assumirá a vaga na comissão parlamentar de inquérito graças à ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil. Como suplente, seu antigo cargo, ficará Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.  

A CPI ficou duas semanas suspensa devido ao recesso parlamentar e retoma as atividades nesta terça-feira (3).  

“Nós não estamos aqui para proteger ninguém, funcionário, deputado, seja quem for. Vamos ouvir as pessoas e, se tiver culpa no cartório, vai ter que pagar pelo crime que cometeu. Mas até aqui só temos narrativas, nada de concreto”, disse Heinze.

“Nós vamos ouvir os próximos depoimentos e depois daremos sequência a um ponto importante, a questão de prefeitos e governadores. Valores expressivos foram distribuídos a estados e municípios, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal têm várias investigações em curso, e nós vamos voltar ao assunto, embora na primeira parte [da comissão] não tenhamos tido êxito", completou.  

Senador da base bolsonarista, Heinze afirmou ainda que a pauta da comissão até o momento não foi o combate à pandemia, mas as eleições.  

“A pauta da CPI foi a eleição do ano que vem. O PSDB, o PDT, o PT têm candidato de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, o foco foi esse. A favor ou contra. Temos que focar no tratamento, na vacina e no caminho do dinheiro liberado a estados e municípios. O STF barrou [a convocação de prefeitos e governadores para depor na CPI], mas tentaremos continuar no caminho do dinheiro", declarou. 

Para esta terça-feira (3), dia de retorno das atividades da comissão, está previsto o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, que teria sido autorizado pelo governo a negociar 400 milhões de doses da Astrazeneca com a Davati.

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