Novo vídeo mostra confusão do lado de fora em festa que tesoureiro do PT é morto

As imagens foram citadas pela delegada Iane Cardoso, que conversou com a imprensa

Da redação

Novas imagens de circuito de segurança mostram o lado de fora da festa em que Marcelo Arruda foi assassinado pelo agente penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. No vídeo é possível ver o momento em que Arruda joga pedras em Guaranho e o expulsa do local. O agente penal vai embora, mas retorna.

Quando volta, ele pega a arma e começa a atirar ainda do lado de fora. Depois, invade a festa do guarda municipal. Uma mulher tenta evitar que o homem puxe o gatilho, sem sucesso.

As imagens foram citadas durante uma coletiva de imprensa, na tarde deste domingo (10), feita pela Polícia Civil do Paraná para esclarecer alguns pontos do assassinato

A delegada Iane Cardoso conversou com a imprensa e afirmou que o bolsonarista Jorge Guaranho não era convidado da festa. 

“Ao que tudo indica, pelo que apuramos, ele não era convidado da festa. Estamos verificando para saber o motivo ele foi até aquele local, e por que ele estaria ouvindo músicas que remetiam ao presidente Bolsonaro. Durante um certo momento ele teria dito ‘Aqui é Bolsonaro’, de acordo com informações de testemunhas”, disse. 

Iane contou a dinâmica do crime: “Ele (Jorge Guaranho) acabou proferindo algumas palavras, o Marcelo Arruda não gostou do que ele teria dito, pegou alguns pedregulhos, de acordo com o que nós obtivemos de imagens, arremessou contra o motorista do veículo. Jorge saiu do local, falando que iria voltar, e de fato ele voltou. Quando retornou foi quando aconteceu toda a tragédia”, disse a delegada.

Iane confirmou que o agente penal Jorge Guaranho não morreu, mas segue internado e foi autuado em flagrante. A polícia continua investigando as motivações do crime, sendo que uma das linhas de investigação é a de intolerância política. 

“Vamos ouvir as esposas e todos os indivíduos da festa nos próximos dias. Ainda não podemos confirmar a motivação, mas uma das linha de investigação é essa (intolerância política)", finalizou. 

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