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Novos protestos contra Israel em universidades americanas são registrados

Em muitas universidades, as aulas passaram a virtuais — e no campus de Morningside, o principal de Columbia, pelo resto do semestre

Por Moises Rabinovici

O caos universitário vai de costa a costa nos EUA
O caos universitário vai de costa a costa nos EUA
Reuters

Com epicentro na Universidade de Colúmbia, em NY, o protesto contra a guerra de Israel em Gaza já chegou aos campi de Michigan, Berkeley (Califórnia), NYU, MIT (Massachusetts) e Yale (Connecticut), e está crescendo. 

A repressão agressiva por parte da polícia e da administração das universidades só aumentou a intensidade do fervor pró-palestino. 

Muitos estudantes foram presos — pelo menos 100 em Columbia e 50 em Yale. Professores judeus foram impedidos de dar aulas. 

Os manifestantes querem que as universidades cortem laços com empresas ligadas a Israel e apoiem o cessar-fogo em Gaza. 

O dono do time de futebol americano New England Patriots, Robert Kraft, ameaçou cortar o financiamento que dá ao Centro Kraft para a Vida do Estudante Judeu na Universidade de Colúmbia, de que é ex-aluno.

O caos universitário vai de costa a costa nos EUA. Em muitas universidades, as aulas passaram a virtuais — e no campus de Morningside, o principal de Columbia, pelo resto do semestre.

No destino dos protestos, Israel, também há protestos pela libertação dos cerca de 130 reféns do Hamas e contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. 

Os judeus celebram o Pessach, o êxodo dos escravos israelitas do antigo Egito, lembrando os prisioneiros em Gaza.

Uma mesa com pratos e talheres para os reféns foi montada diante da casa de Benjamin Netanyahu. Outra, no Kibbutz Be’eri, que perdeu dezenas de membros no ataque do Hamas, em 7 de outubro. 

O jantar da Páscoa judaica, o Seder, marca a libertação da escravidão. O Pessach é uma festa alegre, mas não este ano.

As negociações para a troca dos reféns por prisioneiros palestinos estão paralisadas, em impasse. E Israel tem planos para atacar Rafah, onde restam quatro dos 24 batalhões do Hamas, seus dois chefes e, talvez, os reféns, além de mais de um milhão de palestinos. 

Os Estados Unidos não concordam com esse ataque final, porque temem que poderá resultar em massacre de civis. 

Ontem, 283 corpos foram retirados de uma vala comum, perto do hospital Nasser, em Khan Yunis. O porta-voz militar israelense ainda não respondeu se foi Israel que os enterrou.

Um ataque israelense a Rafah poderá começar no fim do Pessach, dia 29. O fim da festa da liberdade lembra a passagem dos fugitivos israelitas pelo Mar Vermelho, aberto por Moises, mas fechado sobre os egípcios que os perseguiam. 

Os tempos não são mais bíblicos. O jornal Haaretz, de Israel, atualizou as dez pragas do Egito: na nova versão, elas são personificadas em uma só fonte, Benjamin Netanyahu.

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