Número de crianças e adolescentes vivendo nas ruas de SP dobra em 15 anos

Censo da Prefeitura registra 3.759 menores vivendo nas ruas da capital paulista. Maioria fica na região do Centro

Da redação

Censo realizado e divulgado pela Prefeitura de São Paulo mostra que 3.759 crianças e adolescentes vivem nas ruas da capital paulista. O número é mais que o dobro do registrado no Censo realizado há 15 anos, em 2007, que identificou 1.842 crianças e adolescentes em situação de rua. 

A maior parte desses jovens, 73% do total, utiliza as ruas como forma de sobrevivência, ainda que por um breve período do dia. A região central da cidade concentra o maior número de crianças e adolescentes em situação de rua, com destaque para a República, Sé e Santa Cecília.

O levantamento mostrou que 10,7% deste total, que corresponde a 401 crianças e adolescentes, pernoitam nas ruas; outras 609 (16,2%) estão acolhidos nos Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) e em Centros de Acolhida Especial para Famílias.

De acordo com o Censo, 2.227 crianças e adolescentes (59,2%) são do sexo masculino, 1.453 (38,7%) do sexo feminino e 79 (2,1%) não souberam ou não quiseram informar. A faixa etária de 12 a 17 anos é a que concentra o maior número, com 1.585 (42%), seguida dos que possuem até seis anos que são 1.151 crianças (30,6%) e 1.017 (27,1%) que tem entre sete e 11 anos. Seis deles (0,2%) não quiseram informar a idade.

A Prefeitura destaca que o Censo de 2007 não contou com a colaboração de uma rede de cidadãos informantes como ocorreu em 2022. 

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