Hackers chineses visaram telefones celulares usados pelo candidato presidencial republicano, Donald Trump, e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, noticiaram nesta sexta-feira (25/10) o jornal The New York Times (NYT) e a agência de notícias AP. Também pessoas próximas à equipe de campanha da candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, teriam sido afetadas.
O ataque mirou a rede da empresa de telecomunicações Verizon. Os dados das operadoras de telefonia celular podem ser usados para, por exemplo, ver quem telefonou para quem, quando e por quanto tempo, e com quem foram trocadas mensagens de texto.
A investigação pelas autoridades americanas ainda está em andamento, e não está claro quais dados teriam sido acessados e nem mesmo se dados realmente foram roubados.
Um comunicado do FBI não confirmou as identidades de nenhum dos potenciais alvos dos hackers, mas afirmou que "o acesso não autorizado à infraestrutura comercial de telecomunicações por atores afiliados à República Popular da China" está sendo investigado.
As autoridades americanas acreditam que as campanhas presidenciais estavam entre os vários alvos de uma operação de ciberespionagem mais ampla lançada pela China.
O New York Times noticiou inicialmente que Trump e Vance foram os alvos e acrescentou que a campanha republicana foi avisada esta semana.
Três pessoas confirmaram a notícia à AP, incluindo uma que disse que pessoas associadas à campanha de Harris também foram visadas.
A embaixada chinesa em Washington comunicou que não estava familiarizada com os detalhes e não podia comentar, mas afirmou que a China é regularmente vítima de ataques cibernéticos e se opõe a essa atividade.
A representação diplomática chinesa acrescentou que as eleições presidenciais são assuntos internos dos Estados Unidos e que a China não tem qualquer intenção de interferir nelas.
as (AP, ARD, Lusa)