Notícias

OMS monitora nova variante que combina ômicron e delta, a “deltacron”

Chamada informalmente de “deltacron”, variante já foi detectada em três países da Europa

Da redação com Agência Brasil

OMS destaca que não foi identificada severidade em infectados
OMS destaca que não foi identificada severidade em infectados
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que monitora o surgimento de uma nova variante do coronavírus. Ela combina características genéticas duas outras versões do vírus que causa a covid-19: Ômicron e Delta. A mais recente mutação é chamada informalmente de “deltacron”.

A primeira evidência mais sólida de um vírus recombinante Delta e Ômicron foi compartilhada pelo Instituto Pasteur, da França. Eles fizeram o sequenciamento genético completo do vírus para o GISAID, um banco de dados internacional que centraliza as sequências genéticas de todas as variantes do coronavírus.

A diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente da nova variante, já identificada em três países europeus.

“Estamos cientes disso. É uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado, dado que há uma intensa circulação dessas variantes”, explicou durante coletiva de imprensa.

Segundo Van Kerkhove, em países da Europa, a variante Delta continuava circulando de forma expressiva quando surgiu a variante Ômicron, o que pode explicar essa recombinação.

A epidemiologista ponderou que, até o momento, não foi identificada nenhuma severidade maior da infecção pela nova variante. Por outro lado, há pesquisas e estudos ainda em andamento.

Pandemia

Sobre a persistência da pandemia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, voltou a dizer que ela está longe do fim. “A pandemia está longe de acabar. E ela não vai acabar em nenhum lugar até que ela acabe em todos os lugares”, alertou.

Em janeiro deste ano, após o aumento exponencial de contaminações impulsionado pela variante Ômicron, o dirigente da OMS já havia dito a mesma coisa. Ele também lembrou que, na próxima sexta-feira (11) completará exatamente dois anos em que a epidemia de covid-19 foi descrita como uma pandemia global.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais