Mais de 258 milhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar aguda em 2022, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Dado é revelado por novo estudo, que apontou o problema em pelo menos 58 países. As principais causas foram as mudanças climáticas, a pandemia e a guerra na Ucrânia. O relatório foi divulgado nesta quarta-feira (3), por aliança de entidade humanitárias, incluindo o Programa Mundial de Alimentos.
Segundo o estudo, a insegurança alimentar aguda causou mortes na Somália, Afeganistão, Haiti, Nigéria, Sudão do Sul, Iêmen e Burquina Fasso. Este é o quarto ano consecutivo em que a população carece de ajuda humanitária.
De acordo com a ONU, a insegurança alimentar aguda é quando a incapacidade de uma pessoa em consumir alimentos adequados coloca ela em perigo. O chefe da ONU afirmou que o mundo está indo no caminho errado e pediu ajuda coletiva e um compromisso das nações em garantir o acesso à alimentação e nutrição para todas as pessoas.
Brasil é citado no relatório por ser um dos cinco países onde houve uma queda nos preços de alimentos, fertilizantes e energia em 2022. Mas aponta que os níveis ainda estão bem acima, se comparados a antes da pandemia do Covid-19.
António Guterres, secretário-geral, afirma que essa realidade mostra o fracasso da humanidade em acabar com a fome, e de alcançar a segurança alimentar de todos.