O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução para a pausa humanitária na guerra entre Israel e Hamas.
A resolução, que tem foco na proteção de crianças, proposta por Malta e apoiada pelo Brasil, foi aprovada com 12 votos a favor. Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção. Após 40 dias de conflito, foi o primeiro acordo nas Nações Unidas na proposta de um cessar-fogo, após seguidas propostas rejeitadas principalmente pelas rusgas entre Estados Unidos e Rússia, ambas com poder de veto, no conselho.
A resolução pede a implementação de “pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias”, para que ajuda humanitária de emergência possa ser prestada à população civil por agências especializadas da ONU, pela Cruz Vermelha Internacional e por outras agências humanitárias imparciais.
A resolução pede também a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e por outros grupos, rejeita o deslocamento forçado de populações civis e demanda a normalização do fluxo de bens e serviços essenciais para Gaza, com prioridade para água, eletricidade, combustíveis, alimentos e suprimentos médicos.
Pelas regras da ONU, que Israel é país integrante, Israel deveria se submeter à decisão do conselho imediatamente. Mas o Ministério de Relações Exteriores de Israel emitiu comunicado rejeitando a resolução, alegando que não há lugar para tais medidas enquanto os reféns estiverem em poder do Hamas.