Filiado ao DEM e aliado do presidente Bolsonaro, o ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni, disse que a nota de repúdio do partido, feita em conjunto com o PSL, contra as manifestações pró-governo nos atos de 7 de setembro não o representam.
O ministro se disse “surpreendido” e questionou sobre quais membros da legenda foram consultados sobre a manifestação.
“Esta nota não me representa e eu a repudio em nome de milhões de brasileiros que querem um Brasil democrático, livre, em que todas as instituições representam verdadeiramente o pensamento da sociedade brasileira”, disse no vídeo (veja na íntegra acima) postado em suas redes sociais nesta quarta-feira (2).
Na nota conjunta, DEM e PSL, que é ex-partido do presidente, repudiaram os discursos de Bolsonaro em Brasília e São Paulo, onde defendeu ator antidemocráticos, como o “enquadramento” do Supremo, destituição de ministros da corte e ataques pessoais a Alexandre de Moraes.
"Repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país. Hoje se torna imperativo dar um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira", afirmava a nota.
Um dia após o ato, vários figuras políticas se manifestaram, em tons diferente, com boa maioria repudiando as falas do discurso de Bolsonaro em Brasília e São Paulo.
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou “bravatas, radicalismo e excessos” e defendeu a Constituição, enquanto um dos alvo dos bolsonaristas, o presidente do STF Luiz Fux lembrou ressaltou que o descumprimento de decisões judiciais é um atentado à democracia e crime de responsabilidade e que “ninguém será capaz de fechar a corte”.