Notícias

Operação da PF foi 'último recurso' para obter contrato da Precisa, diz Randolfe

Vice-presidente da CPI da Pandemia diz que colegiado tentou diversas vezes ter acesso a documento assinado com a Bharat Biotech

Da Redação, com BandNews TV

A operação que a Polícia Federal realizou na manhã desta sexta-feira (17) em endereços da Precisa Medicamentos foi “o último recurso” que a CPI da Pandemia teve para obter o contrato entre a empresa e a farmacêutica indiana Bharat Biotech.

A afirmação é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão. Em entrevista à BandNews TV, Randolfe afirmou que o colegiado tentou acesso ao documento de diversas formas antes de recorrer à Justiça, sem sucesso.

“Este contrato foi requisitado ao Ministério da Saúde, não obtivemos. Foi requisitado à Precisa Medicamentos, não obtivemos. Tentamos interlocução com a embaixada da Índia, sem sucesso. Não restou outra alternativa a não ser o pedido junto ao Supremo Tribunal Federal da ação de busca e apreensão que ocorreu nesta manhã”, argumentou.

O contrato entre Precisa Medicamentos (representante no Brasil da Bharat Biotech) e o governo federal previa os mais elevados preços na aquisição de vacinas contra a Covid-19. O contrato acabou suspenso, mas as negociações ainda são investigadas pela CPI.

“Acho que não é mais muito adequado marcar data para o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito. Temos um curso de investigação. A operação da Polícia Federal que ocorreu nesta manhã foi o último recurso que a CPI teve que se utilizar para obter uma informação específica: o contrato entre a Bahrat Biotech e a Precisa”, disse Randolfe que espera que a operação de busca e apreensão “traga também novas informações”.

Em nota, os advogados da Precisa Medicamentos criticaram a operação - classificada como “inadmissível” - e afirmaram que todos os documentos solicitados foram entregues à CPI.

“A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. Francisco Maximiano, por exemplo, prestou depoimento e respondeu a quase 100 perguntas, enviou vídeo com esclarecimentos, termo por escrito registrado em cartório, além de ter sido dispensado de depor por duas vezes pela própria CPI, em 1° de julho e 14 de julho”, diz o texto.

Tópicos relacionados

  • Covid-19
  • Política
  • Justiça

Mais notícias

Carregar mais