
Uma operação resgatou 59 trabalhadores em condições análogas à escravidão em obras da construção civil em João Pessoa e Cabedelo, na Paraíba. A ação inspecionou obras nos dias 3 e 5 de fevereiro.
Ao todo, sete locais foram fiscalizados, sendo cinco com condições de trabalho análogas à escravidão, por condições degradantes de trabalho. Os trabalhadores são de 13 cidades da Paraíba.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, os trabalhadores estavam alojados dentro das próprias obras, alguns no subsolo, sem ventilação, janelas e expostos à poeira. Outros trabalhadores dormiam em quartos inacabados, com camas improvisadas com restos de materiais de construção, colchões em cima de tijolos e cavaletes.
Os trabalhadores não tinham roupa de cama e nem armários, as instalações sanitárias eram inadequadas e em número insuficiente. Um vaso sanitário era compartilhado por 30 pessoas e eles não tinham água filtrada e alimentação era insuficiente.
As vítimas foram contratadas para prestar serviços na construção de edifícios à beira-mar. Eles trabalhavam como servente, pedreiro, mestre de obras, betoneiro e guincheiro. Eles eram contratados de quatro empresas, sem ter EPIs o suficiente e passavam por risco iminente à vida, pela falta de segurança nas obras.