Oposição pede à PGR que abra investigação contra Bolsonaro por crime de ódio

Parlamentares querem que Augusto Aras adote medidas urgentes para evitar disseminação de intolerância política

Da redação

Oposição acusa Bolsonaro de ações de crime de ódio Antonio Cruz/Agência Brasil
Oposição acusa Bolsonaro de ações de crime de ódio
Antonio Cruz/Agência Brasil

Representantes de partidos de oposição ao governo apresentaram nesta terça-feira (12) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma representação pedindo abertura de inquérito para investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por crime de ódio. 

Na representação, os parlamentares pedem à PGR a instauração de Procedimento de Investigação Criminal para apurar, em tese, a prática de crimes pelo presidente. O documento é encabeçado por Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e tem assinaturas de outros 13 deputados federais, do PT, PSOL, Rede, PCdoB, PDT, PSB e PV.

O grupo também solicita a adoção das medidas administrativas e civis pertinentes, em função das responsabilidades pelos supostos crimes e a garantia de segurança e lisura no processo eleitoral.

Os parlamentares da oposição ao governo Bolsonaro pedem ainda a “adoção de medidas civis, administrativas e penais para identificar com urgência grupos em redes sociais que vêm disseminando ódio e estimulando violência e intolerância política, de modo que sejam impedidos e responsabilizados”, assim como medidas legais contra provedores de redes sociais, ferramentas de busca e de mensageria instantânea para impedir a divulgação de mensagens que representem práticas de ódio e intolerância política, especialmente durante o período eleitoral. 

O documento cita que Bolsonaro apresenta condutas agressivas, estímulos à intolerância contra adversários políticos que levaram ao assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, morto a tiros pelo agente penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho durante a sua festa de aniversário que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores.

"As lives e manifestações públicas do Representado, em geral, configuram verdadeiras exortações de ódio a setores da população brasileira que ousam divergir de suas opções políticas, posturas e compreensões de mundo, o que não pode, jamais, ser admitido como normal, aceitável, ou ser abarcado pela imunidade processual que detém o Presidente da República", diz o documento.

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