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CPI do MEC: Pacheco lê requerimento no Senado; trabalhos começam após eleições

Apesar do requerimento conter as assinaturas necessárias e da leitura em plenário, os trabalhos da comissão só devem acontecer após as eleições

Por Édrian Santos

Rodrigo Pacheco lê requerimento para abrir CPI do MEC no Senado
Rodrigo Pacheco lê requerimento para abrir CPI do MEC no Senado
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, oficializou a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta corrupção no Ministério da Educação (MEC). O parlamentar fez a leitura do requerimento, em plenário, nesta quarta-feira (06).

Apesar do requerimento conter as assinaturas necessárias e da leitura em plenário, que oficializa a abertura da CPI, os trabalhos da comissão só devem acontecer após o período eleitoral. Segundo Pacheco, as eleições podem contaminar e prejudicar o resultado das investigações.

Reunião com líderes

Na última terça-feira (05), o presidente do Senado se reuniu com líderes da Casa para tratarem, além da CPI do MEC, da possibilidade de abertura de investigações contra o desmatamento ilegal na Amazônia, crime organizado e narcotráfico.

“A ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas elas [CPIs] deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral”, argumentou o senador, ontem, após encontro com líderes.

Uma vez lido o requerimento no plenário, com todas as assinaturas necessárias dos parlamentares, a CPI está "aberta", ou seja, ela recebe um número e é publicada no diário da Casa onde foi criada. A partir de então, os 11 membros titulares e suplentes podem ser indicados e, após isso, ela é instalada.

Polêmica no MEC

As discussões sobre a CPI do MEC acontecem em meio a investigações envolvendo Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação do presidente Jair Bolsonaro. Ele e mais quatro suspeitos chegaram a ser presos, de forma preventiva, pela Polícia Federal.

Os supostos crimes cometidos no ministério são: corrupção passiva, tráfico de influência, advocacia administrativa e prevaricação. A PF investiga supostos repasses irregulares no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

Em áudio vazado em março deste ano, o então ministro deu entender que prefeituras próximas a pastores evangélicos seriam priorizadas com verbas públicas. Dias depois do escândalo vir à tona, Ribeiro pediu demissão e negou envolvimento de Bolsonaro.

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