Eduardo Paes (PSD) afirmou nesta terça-feira (10) que o Congresso tem uma “grande oportunidade para dar um basta” na ideia de voto impresso.
O prefeito do Rio de Janeiro exonerou os secretários municipais Pedro Paulo (DEM), da Fazenda, e Marcelo Calero (Cidadania), de Governo e Integridade Pública, que são deputados federais, só para eles votarem contra a PEC.
Em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, Paes disse que um bom governo não precisa se preocupar com o sistema de votação porque é reeleito.
“Quando a gente fica olhando esses debates tão inúteis em um país com tantos problemas, dá um misto de raiva com angústia. Porque esse debate é irrelevante. Se tem tanque e Urutu hoje em Brasília, não vai servir para nada, não vai ameaçar ninguém”, afirmou.
“O sistema eleitoral brasileiro é confiável, ponto, acabou. Tem acompanhamento, tem especialistas dizendo isso, tem a experiência democrática consolidada brasileira”, completou.
Com relação ao combate à pandemia do novo coronavírus, ele acredita numa “quase volta à normalidade em novembro”.
“A cidade ainda não está bem”, disse o prefeito carioca, “mas eu acho que a gente vai num crescendo agora, e a partir do segundo semestre, do ano que vem, a gente vai estar em outro patamar”.
No entanto, o prefeito condiciona o avanço da flexibilização aos indicadores de contágio e internações. Uma preocupação é a variante Delta, já que o Rio de Janeiro é a cidade do país com o maior número de casos.
Eduardo Paes admite ter errado ao anunciar uma programação de reabertura, criando a sensação de que a guerra contra o coronavírus estava vencida. De acordo com o prefeito, por enquanto, tudo indica que as festas de réveillon e carnaval serão realizadas.
“Eu errei nisso, anunciei essa reabertura, admiti esse erro. Ontem, meu comitê cientifico no Rio fez reparos no que a gente tinha anunciado, mas - até para minha surpresa - manteve vários aspectos do planejamento. Nós vamos esperar ter uma etapa de 50% da população totalmente vacinada e avançar um pouco”, projetou.