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Pai de homem negro espancado e morto em supermercado acusa seguranças de racismo

Guilherme Milmann, da BandNews FM

Seguranças espancam homem negro até a morte em supermercado Reprodução/Band
Seguranças espancam homem negro até a morte em supermercado
Reprodução/Band

A polícia investiga o caso de homem que morreu espancado por seguranças no estacionamento supermercado Carrefour na zona norte de Porto Alegre na noite de quinta-feira, 19. João Alberto Silveira Freitas de 40 anos foi retirado após um desentendimento com a funcionária do caixa. As informações são de Guilherme Milmann, de Porto Alegre.

Câmeras de segurança mostram que Beto como era conhecido, foi levado com tranquilidade até a parte externa do supermercado, e quando estava na porta de saída teria dado um soco e um dos vigilantes, foi quando os dois indivíduos reagiram derrubando-o e efetuando com socos na cabeça da vítima.

A mulher de João Alberto, Milena Borges Alves, falou à BandNews FM, que estava fazendo compras com o seu marido conta que quando chegou no estacionamento ele já estava sendo agredido e pedindo socorro. A confusão teria começado após um gesto feito por ele para a funcionária do caixa que interpretou como um ato de violência. Milena explica que não passava de uma brincadeira.

O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal e será enterrado nesta sexta-feira à tarde em um cemitério no bairro onde ela morava. O pai da vítima, João Batista Freitas, vê a morte do seu filho como um caso de racismo. Ele conta que Beto, como era conhecido por ser uma pessoa tranquila e com boas relações.

Os dois seguranças que espancaram a vítima foram presos em flagrante pelo crime de homicídio qualificado. Outros dois funcionários do supermercado Carrefour estão sendo investigados no caso da agressão. Durante a madrugada o Carrefour emitiu uma nota nas redes sociais dizendo que tomará as medidas a cabíveis para responsabilizar os envolvidos e que irá romper o contrato com a empresa que responde pelos autores da agressão.

Manifestações estão sendo feitas em frente ao local. A reportagem busca contato com a empresa de vigilância.

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