Pandemia acelerou mudanças já planejadas em setor de shoppings

Avaliação é de Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers

Da Redação, com BandNews FM

Entre os estabelecimentos comerciais afetados pela pandemia do novo coronavírus, o setor de shopping centers foi particularmente afetado. Como são locais de grande circulação, passaram boa parte dos últimos meses com restrições de circulação.

Segundo dados de Glauco Humai, presidente da ?Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), os shoppings só funcionaram “na sua plenitude” durante 77 dias desde o início de 2020. Em compensação, foram 127 dias absolutamente fechados.

“Em São Paulo, por exemplo, até anteontem (quarta-feira, 19), a gente estava funcionando com 30% da capacidade. Em cidades como Curitiba, a gente só funciona de segunda a sexta. Em Fortaleza, por exemplo, seis horas por dia”, listou Humai durante participação no "Fórum BandNews FM: Economia, os desafios impostos pela pandemia".

“É uma dificuldade muito grande, e os shoppings tiveram que se adaptar, tiveram que acelerar mudanças estruturais que já estavam sendo promovidas. Eu costumo dizer que o shopping não inova; ele evolui”, acrescentou.

Entre as mudanças adotadas pelos estabelecimentos no Brasil, segundo o presidente da Abrasce, estão a adoção de serviços de delivery e drive-thru. Humai afirma que 91% dos 601 shoppings do Brasil ofereceram delivery no último Dia das Mães, enquanto 73% ofereceram drive-thru.

“Essas restrições de serviços são muito impactantes. Não só as compras, mas também os serviços – de alimentação, de lazer, de entretenimento. Essa evolução já vinha acontecendo de forma muito bem estruturada, mas foi acelerada com a pandemia”, analisou.

A tendência, segundo Humai, é que as mudanças sejam incorporadas no atendimento ao consumidor no cenário pós-pandemia. “Esse processo é natural, estava acontecendo e foi acelerado."

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