Notícias

Petrobras avança em direção à descarbonização em operações do pré-sal

Da redação

Petrobras avança em direção à descarbonização em operações do pré-sal
Produção de petróleo e gás no pré-sal
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em 15 anos de atuação no pré-sal, a Petrobras tem avançado progressivamente em direção à descarbonização de suas operações. Os campos de Tupi e Búzios, por exemplo, localizados no pré-sal da Bacia de Santos, apresentam resultados de referência para a indústria de O&G. 

Nesses ativos, que representam cerca de 51% da produção da Petrobras, a companhia atingiu, em 2022, desempenho abaixo de 9,5 kgCO2e para cada barril de óleo equivalente produzido – volume inferior à média mundial.

A eficiência em carbono da produção de óleo e gás da Petrobras no pré-sal se deve a uma carteira de projetos focados em excelência operacional e, consequentemente, em redução das emissões de gases do efeito estufa. Esses projetos, que incorporam tecnologias de última geração, têm alcançado a eficiência na geração de energia nas plataformas, com resultados em redução de consumo de gás combustível e nas emissões associadas. Também são relevantes as iniciativas que buscam a redução da queima de gás em tocha (flaring), liberação de gases controlada (venting) e vazamentos (emissões fugitivas).

Outro projeto importante que reduz a intensidade em emissões na produção de óleo e gás no pré-sal é a chamada tecnologia de captura, utilização e armazenamento geológico de carbono (CCUS). Essa solução, desenvolvida pela Petrobras, que associa o CCUS à recuperação avançada de petróleo (CCUS-EOR), foi essencial para viabilizar a produção dos campos do pré-sal da Bacia de Santos. 

CCUS no pré-sal: maior do mundo em capacidade anual de reinjeção de CO2

O CCUS da Petrobras no pré-sal ganhou corpo e se tornou o maior do mundo em capacidade anual de reinjeção de CO2. No ano passado, a Petrobras bateu recorde mundial ao reinjetar 10,6 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal, o equivalente a 25% do total reinjetado pela indústria global em 2022, segundo o Global CCS Institute. O volume reinjetado acumulado, desde que a Petrobras começou a operar essa tecnologia em 2008, atingiu 40,8 milhões de toneladas.

Ao reinjetar o gás no reservatório, aumenta-se a eficiência da produção e reduz-se a intensidade de emissões de GEE, medida em emissões por barril produzido. Com isso, o objetivo é buscar uma operação com baixo custo e baixo carbono, garantindo a competitividade do projeto. Atualmente, as 23 plataformas que operam nos campos do pré-sal são equipadas com CCUS.

O pioneirismo do projeto de CCUS da Petrobras no pré-sal foi reconhecido pela entidade global “Carbon Sequestration Leadership Forum” (CSLF), em junho deste ano. Foi a primeira vez que uma empresa da América Latina obteve essa premiação, que destacou a relevância do projeto de CCUS da Petrobras para a indústria mundial e demonstrou sua segurança no armazenamento geológico de CO2. No Brasil, o projeto de CCUS da Petrobras recebeu o prêmio Firjan de Sustentabilidade em 2020, na categoria Mudança Climática e Eficiência Energética. A intenção da Petrobras é usar toda essa experiência e conhecimento com o CCUS para desenvolver novas oportunidades no ambiente de transição energética, contribuindo para reduzir as emissões não só da companhia, mas do país como um todo.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais