Em apenas seis horas, choveu mais do que era esperado no mês inteiro de janeiro na cidade de Petrópolis em 15 de fevereiro de 2022. Rios transbordaram, ruas ficaram alagadas e em diversos locais aconteceram deslizamentos de terra. O município entrou em estado de calamidade pública.
235 pessoas morreram na maior tragédia provocada pela chuva na cidade da região serrana do Rio. Em diversos pontos do município a lama invadiu casas e lojas. Dias depois, em 20 março, mais 7 pessoas perderam a vida por conta de novas fortes chuvas. Ao todo, 242 pessoas morreram na cidade.
Diversas construções e ruas foram recuperadas e no centro histórico de Petrópolis não existe mais nenhum sinal da tragédia, mas nem toda a cidade voltou a ter uma vida normal.
Nas encostas ao redor do Morro da Oficina, o lugar mais atingido pela chuva onde mais de 90 pessoas morreram, pouca coisa mudou. Quem mora no local sempre fica assustado quando começa a chover.
As obras de contenção e drenagem no Morro da Oficina só começaram em janeiro de 2023. A prefeitura de Petrópolis dividiu as intervenções em três etapas, cada uma compreendendo uma área. As localizadas no lote 2 (entre as ruas Hercília Moret e Frei Leão) tiveram início no dia 14 de junho.
As do lote 3 (entre as ruas Frei Leão e Oswero Vilaça) estavam em fase de licitação, e o resultado da licitação foi homologado pela prefeitura no dia 26 de junho do ano passado.
Segundo a prefeitura, 79 obras de contenção foram concluídas e outras 19 estão em andamento. O valor investido nas intervenções é de mais de R$ 100 milhões.