PF encontra minuta do golpe e autorização de intervenção militar com Mauro Cid

Investigação aponta que ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tinha mesmo documento de Anderson Torres

Por Túlio Amâncio

A Polícia Federal identificou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tinha o mesmo documento conhecido como ‘minuta do golpe' no celular. Segundo apuração do repórter Túlio Amâncio, do Jornal da Band, a PF também encontrou um documento que determinava a intervenção das Forças Armadas em situações extremas.

Além disso, os dois documentos estariam prontos, segundo a PF, para Bolsonaro utilizar caso achasse necessário. Para a PF, é certo que pessoas no entorno de Bolsonaro teriam apresentado planos alternativos para Bolsonaro se manter no poder. 

A ‘minuta do golpe’ encontrada no celular de Cid é a mesma apreendida pela PF na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. 

Confira mais detalhes da descoberta da Polícia Federal no Jornal da Band desta quarta-feira (7). 

À época da apreensão, em fevereiro deste ano, Anderson Torres citou que era um ‘documento descartável’. Anderson torres foi questionado sobre o documento encontrado pela Polícia Federal em uma operação de busca e apreensão na casa dele. O texto, chamado de minuta do golpe, detalhava como seria decretado o estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de mudar o resultado das eleições e manter Jair Bolsonaro na presidência.

A minuta do golpe levou a Polícia Federal a ouvir o presidente do PL, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Em uma entrevista, Valdemar Costa Neto comentou que "todo mundo" tinha um documento similar em casa. Seria uma referência a integrantes e interlocutores do governo anterior.

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