A Polícia Federal do Rio de Janeiro, realizou a Operação Janus para dissolver um grupo de criminosos que fraudavam licitações e superfaturou compras emergenciais de materiais e equipamentos usados no combate a covid-19. O inquérito demonstra um prejuízo de mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
A operação conta com cerca de 50 agentes da PF em conjunto com o apoio de 12 auditores da Controladoria Geral da União (CGU). A investigação cumpre 10 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, na Região Metropolitana e Bom Jardim, no interior do estado.
As buscas e apreensões, expedidas pela 4ª Vara Federal de São João de Meriti (RJ) são realizadas em residências, empresas e escritórios ligados à quadrilha. A Justiça Federal exigiu ainda o sequestro dos bens que equivalem ao valor superior a R$ 5 milhões.
Um dos locais apreendidos é uma mansão em condomínio de alto luxo na Barra da Tijuca, no Rio. Alguns dos bens apreendidos são carros de luxo, relógios e dinheiro vivo equivalente a R$ 30 mil.
A PF ainda apreendeu um lagarto australiano em outro local visitado. A filha do alvo da operação foi presa em flagrante e levada para a superintendência da PF.
No município de Bom Jardim, a busca ocorreu na sede de uma das empresas envolvidas na organização criminosa.
Essa investigação teve início em 2020 e apontou irregularidades em processos de dispensa de licitações para compras emergenciais de equipamentos no combate à covid-19.
Os suspeitos responderão por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (crime praticado por servidor público que se apropria ou desvia dinheiro).