O ex-candidato a deputado estadual Antônio José Santos Saraiva, conhecido como Sarneyzinho do Maranhão (PSDB-MA), foi preso nesta sexta-feira (16) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em vídeo, o apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) havia dito que ordenou que “seus homens” executassem o magistrado, e se referiu ao juiz como “vagabundo”.
O bolsonarista foi preso pela PF (Polícia Federal) na divisa com o Piauí, em Dom Pedro, cidade a 324 km de São Luís.
A prisão de Antônio José aconteceu após um pedido do Ministério Público Federal (MPF), devido a uma representação feita contra ele, pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE), do Amapá.
No vídeo com ameaças a Moraes, Sarneyzinho afirmou questionou se “não tem homem pra fuzilar esse vagabundo”, e cobrou uma ação violenta por parte dos caminhoneiros e das forças armadas. Em seguida, afirmou que teria um recado para Alexandre de Moraes, declarando “meus homens já estão de olho em ti, já estão te rodeando em Brasília e São Paulo. Minha ordem é para executar”.
Após a prisão, o PSDB afirmou que tanto a executiva nacional quanto o conselho de ética decidiram pela expulsão do ex-candidato, classificando como graves as ameaças direcionadas ao ministro do Supremo.
“Rechaçamos e condenamos veementemente tal postura e reforçamos que o ex-filiado não tem qualquer história ou relevância dentro do partido”, ressaltam.
A prisão se deu um dia depois do ministro determinar a execução de uma centena de mandados contra líderes de atos golpistas ao redor do país.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Sarneyzinho do Maranhão