No episódio do podcast “Pod Sentir'' desta sexta-feira (11), a jornalista Paloma Tocci e o terapeuta Fabrizio Saiter conversam com a psicóloga clínica Camilla Saldanha para falar dos distúrbios da ansiedade em crianças. São estados de medo, preocupação ou pavor, desproporcionais com a situação, e que enfraquecem as habilidades funcionais normais dos pequenos e jovens.
“É muito comum que a gente veja crianças agitadas, mas a ansiedade é vista de uma maneira diferente, tem como raiz o medo. A gente vê crianças ansiosas sempre preparadas para se defender de algum perigo, de alguma ameaça que pode ser real ou percebida por ela”, disse a psicóloga Camilla Saldanha.
Segundo ela, os sintomas no público infantil vai se manifestar no corpo e nos pensamentos, mas a criança sempre vai dizer ao adulto que está com medo, que está se sentindo ameaçada.
O terapeuta Fabrizio Saiter conta que ansiedade parecer ser coisa só do adulto porque, muitas vezes, os pais na correria do dia a dia colocam as crianças nas atividades corriqueiras, seja na escola ou extra curricular. “Achamos que tudo está fluindo ou que está tudo bem, de repente essa criança está trazendo esses sinais através do corpo, de um medo excessivo”.
Camilla Saldanha complementa e diz que geralmente quando os adultos percebem a ansiedade infantil é porque já está muito forte como sinais de pânico e outras reações fisiológicas muito intensas, por exemplo, choro excessivo e taquicardia.
Como é o tratamento?
Quando uma criança é diagnosticada com ansiedade, a primeira coisa que é aplicado é a psicoeducação, diz a psicóloga Camilla Saldanha. “A gente começa a ensiná-las a reconhecer emoções, entender como elas funcionam, saber que todas tem uma função e que podem ser agradáveis ou não de sentir, que tem um sentido”.