A Polícia Civil do Rio de Janeiro marcou para o dia 14 de julho a reprodução simulada da morte da designer de interiores Kathlen Romeu, de 24 anos. A jovem estava grávida de quatro meses, quando foi atingida por um tiro de fuzil no tórax no dia 8 de junho, no Complexo do Lins, na zona norte do Rio.
A Polícia Militar afirma que foi recebida a tiros quando entrou na comunidade. Já a família de Kethlen diz que a PM já entrou atirando.
A avó da jovem, Sayonara de Oliveira, que estava com Kethlen quando ela foi atingida, foi intimada a participar da reconstituição.
Além da avó, a mãe e o pai da jovem prestaram depoimento nesta terça-feira. As oitivas fazem parte do Procedimento Investigatório Criminal instaurado pela Promotoria de Justiça junto à auditoria militar.
A família passou o dia no Ministério Público acompanhada do procurador da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, Rodrigo Mondego.
Segundo o promotor do Ministério Público junto à auditoria de Justiça Militar, Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, tudo indica que não houve confronto na comunidade no dia em que Kethlen morreu.
Cerca de 20 dias após a morte de Kethlen, a mãe dela, Jaqueline de Oliveira, disse que espera por justiça.
Doze agentes envolvidos no tiroteio foram afastados das ruas. Eles já foram ouvidos pela Corregedoria da PM e pela Polícia Civil, e também podem prestar depoimento no MP.