A polícia do Rio descobriu um esquema para burlar o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Agentes penitenciários cobravam propina para afrouxar os equipamentos de presos monitorados pela Justiça.
Um inspetor da secretaria de administração penitenciária é apontado de estar por trás do esquema. Segundo a polícia, detentos pagavam até R$ 100 mil para deixar os equipamentos frouxos na hora da colocação.
Segundo a polícia, alguns presos que se beneficiavam do esquema colocavam a tornozeleira em cachorros em casa para simular a movimentação de uma pessoa.
O esquema foi descoberto em abril, quando agentes perceberam uma movimentação atípica da tornozeleira de uma advogada.
Simone Lodi cumpria pena em regime semiaberto por matar o marido. Na época, ela foi detida num estacionamento de um shopping com a tornozeleira dentro de uma bolsa.
Ela prestou depoimento e apontou o nome do inspetor por trás do esquema. Ele foi afastado e uma sindicância na secretaria de administração penitenciária foi aberta.
Simone tinha sido liberada com uma nova tornozeleira. Agora, a Justiça determinou que a advogada volte para a cadeia. Mas o sinal do equipamento desapareceu e ela também.
A Secretaria informou que toda a equipe responsável pela colocação das tornozeleiras foi trocada.