Polícia espanhola liberta 9 brasileiras exploradas sexualmente

Vítimas atraídas com falsas promessas tiveram documentos confiscados por criminosos e foram forçadas a se prostituir em bordel na Galícia. Oito pessoas foram presas.

Por Deutsche Welle

A Guarda Civil da Espanha libertou nove mulheres brasileiras que eram mantidas como escravas sexuais em um bordel em Ourense, no noroeste do país, informaram as autoridades espanholas neste sábado (22/06). Oito membros de uma quadrilha de cafetões foram presos. O bordel foi fechado.

Segundo as autoridades policiais, a quadrilha atrai as vítimas por meio de falsas promessas, beneficiando-se da sua situação de vulnerabilidade. Assim, que as vítimas eram atraídas, os criminosos confiscavam os seus documentos para que não pudessem sair do país e lhes exigiam o pagamento da suposta dívida financeira que tinham contraído, para o que eram forçadas a prostituir-se sob ameaça.

A Guarda Civil disse que os membros da quadrilha tinham uma "hierarquia sólida", com funções "perfeitamente definidas” em relação ao recrutamento, transferência e exploração final.

As prisões foram realizadas nas províncias galegas de Ourense e La Coruña e também em Madri. A operação continua em curso e parte dos trâmites está sob segredo de processo.

Fontes do governo regional da Galícia confirmaram que já ativaram o seu programa de ajuda e cuidados às vítimas libertadas.

A rede galega de abrigos atende neste momento às necessidades das vítimas da organização desmantelada em nível psicológico, terapêutico e jurídico.

Em outubro de 2023, em outro episódio similar Polícia Nacional da Espanha, em colaboração com a Polícia Federal brasileira, libertou cinco brasileiras vítimas de um esquema de escravidão sexual internacional na cidade de Almoradí, a cerca de 440 quilômetros de Madri. Na ocasião, cinco suspeitos foram presos.

Neste caso, segundo a polícia espanhola, as brasileiras haviam chegado ao país para trabalhar como faxineiras, mas foram forçadas à prostituição. As vítimas eram monitoradas 24 horas por dia com câmeras, e não podiam negar clientes. Além disso, eram forçadas a pagar aluguel, comida e água aos chefes do esquema.

jps (EFE, ots)

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