A prefeitura de São Paulo está aberta a conversar com os blocos que estão pedindo a realização dos desfiles de rua no carnaval durante o feriado de Tiradentes. A administração municipal afirma que o cancelamento dos bloquinhos, por enquanto, está mantido por "falta de tempo para organização".
A festa exige planos de emergência e infraestrutura, como apoio médico, segurança, instalação de banheiros químicos, interdições de trânsito e desvio de linhas de ônibus. À Rádio Bandeirantes, uma fonte da prefeitura admitiu que, ainda assim, a ideia é “buscar uma solução”, já que “nenhuma expressão cultural será proibida”.
Ontem, entidades que representam cerca de 85% dos bloquinhos de São Paulo publicaram uma carta anunciando a intenção de desfilar entre os dias 21 e 24 de abril. No manifesto, o grupo argumenta que o atual cenário da pandemia é "promissor e estável" e, por isso, não haveria motivos para a proibição da festa.
O documento também cita o desfile das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, que acontecerão nos dias 22 e 23.
Apesar do circuito dos blocos estar oficialmente cancelado, ao menos uma festa de carnaval de rua já está confirmada. O Acadêmicos do Baixo Augusta, um dos maiores e mais tradicionais blocos da cidade, anunciou que estará no Vale do Anhangabaú no sábado, dia 24 de abril.
Como o espaço foi concedido à iniciativa privada, o evento também é considerado privado, o que dispensa autorização do poder público.
Até o cancelamento do carnaval de rua, quase 700 blocos estavam inscritos e autorizados a desfilar em pontos espalhados da cidade de São Paulo.