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Prefeitura vai pagar para quem acolher moradores de rua em SP

Auxílio foi aprovado na Câmara Municipal de São Paulo e depende agora da aprovação do prefeito Ricardo Nunes (MDB)

Da Redação

Prefeitura vai pagar quem acolher moradores de rua Agência Brasil
Prefeitura vai pagar quem acolher moradores de rua
Agência Brasil

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, nesta quarta-feira (29), o Auxílio Reencontro, uma proposta que prevê o pagamento para famílias da capital que abrigarem moradores de rua. A iniciativa teve 37 votos favoráveis, 8 contrários e 6 abstenções. A proposta depende agora da aprovação do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O projeto inicial prevê que o benefício - cujo valor ainda não foi definido - seja oferecido de forma temporária a quem se dispuser acolher pessoas em situação de rua.  

Mas o conceito de laço familiar considerado pela administração municipal é mais amplo do que o tradicional. Além de pais, filhos, cônjuges e primos, estão incluídos amigos próximos, vizinhos ou qualquer pessoa que se sinta confortável para oferecer o lar e tenha vínculo com quem está em situação vulnerável.

Além do auxílio financeiro dado ao dono do imóvel, a prefeitura planeja oferecer acompanhamento socioemocional à pessoa vulnerável, visando reinseri-la no convívio familiar e no mercado de trabalho. A ideia teria vindo do próprio prefeito Ricardo Nunes e estruturada por uma ação conjunta entre as Secretarias de Governo, dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Saúde, e da Assistência e Desenvolvimento Social.

Vínculo

A administração municipal pretende avaliar cuidadosamente o tipo de vínculo que existe entre a pessoa que cede o imóvel e quem está em situação de rua. O objetivo é evitar que surja um modelo clandestino de negócios que possa precarizar a oferta de moradia com o acúmulo de "inquilinos".

Segundo o prefeito, o objetivo do "Auxílio Reencontro" é diminuir a população em situação de rua na capital paulista, que dobrou em 14 distritos. Uma estimativa divulgada em janeiro pela Prefeitura apontou que o número de barracas e "moradias improvisadas" pela população de rua aumentou 3,3 vezes desde 2019.

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