O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que não houve mudança na política de preços da companhia. A declaração ocorreu no mesmo dia que o presidente da República Jair Bolsonaro fez críticas ao a alta do valor da gasolina.
Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (27), a diretoria da estatal informou que a participação da empresa no preço do litro do combustível não passa de R$ 2.
Já em relação ao diesel, a Petrobras recebe cerca de R$ 2,49 por litro. Segundo levantamento apresentado durante a agenda, outras taxas, como impostos federais e estaduais, acabam influenciando composição dos preços dos combustíveis na bomba.
De acordo com Joaquim Silva e Luna, a estatal é responsável pela produção e refino do combustível, e que as demais etapas do processo estão relacionadas ao governo federal e ministérios.
No entanto, o diretor-executivo de comercialização e logística da companhia, Cláudio Mastella, afirmou que mudanças nos preços estão sendo analisadas.
O presidente da Petrobras também ressaltou que o valor do petróleo Brent segue sendo monitorado.
Questionado sobre um possível subsídio aos preços do gás de cozinha, Silva e Luna voltou a afirmar que o assunto não cabe a companhia, mas sim ao governo. A crise hídrica enfrentada pelo país também foi abordada durante a entrevista.
A diretoria da estatal ressaltou que a empresa vem, desde de 2020, agindo para ampliar a oferta de gás para termelétricas.
Entre as ações, estão a ampliação do terminal de gás natural liquefeito do Rio de Janeiro e a interligação das Rotas 1 e 2.
Atualmente, segundo a direção, as termelétricas da Petrobras representam cerca de 3% da matriz energética do país.
Segundo o presidente Joaquim Silva e Luna, nos últimos 12 meses a Petrobras triplicou a oferta de gás para termelétricas.