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Presidente da Ucrânia reitera interesse na Otan, apesar de pressão da Rússia

Para Volodymyr Zelensky, a adesão à Otan garantiria a segurança e soberania territorial da Ucrânia

Da redação com BandNews TV

Presidente Volodymyr Zelensky defende soberania da Ucrânia Divulgação Governo da Ucrânia
Presidente Volodymyr Zelensky defende soberania da Ucrânia
Divulgação Governo da Ucrânia

Mesmo com forte pressão da Rússia contra a entrada da Ucrânia na Otan, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reiterou o interesse do país em integrar a aliança militar que reúne as principais nações ocidentais. A declaração foi dada nesta segunda-feira, 14, em reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

Para Zelensky, a adesão à Otan garantiria a segurança e soberania territorial da Ucrânia. No encontro, Scholz defendeu os interesses de Kiev, sob a justificativa de que isso causaria um bem para toda a Europa.

O líder alemão ainda destacou que não há razões para explicar as mobilizações de mais de 100 mil tropas da Rússia na fronteira com a Ucrânia. Como resposta, Scholz prometeu sanções imediatas, caso o presidente Vladmir Putin ordene invasão.

“Mundo à beira do precipício” 

Na próxima terça-feira, 15, Scholz e Putin se encontram para discutirem a crise na região. Hoje, o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, e o primeiro-ministro Boris Johnson, do Reino Unido, também conversaram sobre uma saída diplomática que coordene a saída dos militares russos da fronteira com a Ucrânia.

Os EUA consideram uma “invasão eminente” da Rússia contra a Ucrânia a qualquer memento. Mais cedo, Johnson afirmou que Moscou planeja algo para as próximas 48 horas. Segundo o britânico, o mundo está “à beira do precipício”.

Entenda a crise 

A Rússia quer impedir o avanço ocidental no Leste europeu. Devido a isso, o presidente Vladmir Putin é terminante contra a entrada da Ucrânia na Otan, aliança militar formada por países ocidentais.

A região era formada por países da antiga União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, que entrou em declínio com o fim da Guerra Fria. Alguns países mantiveram-se sob a influência russa, como é o caso do Belarus, mas outros, inclusive, entraram na Otan, como Letônia e Lituânia.

A Ucrânia segue dividida entre os prós e contra a Rússia. Desde 2013, a fronteira russo-ucraniana registra tensões geopolíticas. Em 2014, o então presidente Víktor Fédorovych Yanukóvytch, pró-Moscou, foi deposto do poder em Kiev. No mesmo ano, a Rússia anexou a Península da Crimeia ao domínio do Kremlin.

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