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Preso em operação de fraudes de vacinação diz saber quem mandou matar Marielle

Declaração sobre vereadora morta em 2018 foi registrada pela Polícia Federal em troca de mensagens de Ailton Barros (PL)

Da redação

Preso em operação de fraudes de vacinação diz saber quem mandou matar Marielle
Reprodução/Bernardo Guerreiro

A Polícia Federal (PF) revelou nesta quarta-feira (3) que Ailton Barros, investigado e preso por suspeita de fraude em cartões de vacinação de Jair Bolsonaro e aliados do ex-presidente da República, teria afirmado que sabe quem foi o mandante da morte de Marielle Franco. 

No ofício da PF sobre o caso, Ailton Barros citou o nome de Marcello Sicilliano, investigado pela execução da vereadora em 2018. Segundo o documento, Sicilliano teria intermediado a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde em benefício da esposa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Nas mensagens, Ailton pede para Mauro Cid intermediar um encontro entre Siciliano e cônsul dos Estados Unidos no Brasil, já que, por ser investigado, ele não conseguiria o visto para entrar no país. Ailton teria defendido Siciliano e afirmado que o encontro serviria para mostrar a inocência dele no caso. 

“Então quem resolva quem resolva o problema do garoto, entendeu? Que tá nessa história de bucha. Se não tivesse de bucha, irmão, eu não pediria por ele, tá de bucha. Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a p*rra toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, diz Ailton no áudio. 

Em seguida, Mauro Cid diz: “Deixa comigo, coronel. Vamos ver, vamos ver o que eu consigo aqui”. 

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