O homem preso por armar bomba colocada perto do Aeroporto Internacional de Brasília, George Washington de Oliveira Sousa, disse que pediu para a Polícia Civil do Distrito Federal retirar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) do depoimento em que confessou ligação com o explosivo. A declaração foi dada em audiência de custódia.
“Ele [delegado da Polícia Civil] colocou, também, o nome do presidente Bolsonaro, que pedi para ele retirar, mas acredito que ele não retirou”, disse George a uma juíza na audiência de custódia. O preso ainda negou que agiu por conta da eleição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Depoimento de George à Polícia Civil destaca que ele é apoiador de Bolsonaro e que a admiração por armas surgiu com o bolsonarismo.
MP pediu prisão
Após o depoimento, o representante do Ministério Público se manifestou pela legalidade da prisão em flagrante de George, gerente de postos de combustíveis no interior do Pará, segundo o próprio relatou.
“Conforme o próprio George informou, em delegacia, ele estava, há mais de um mês, em frente ao Quartel General do Distrito Federal. Lá, ele teria se inserido numa engenharia criminosa, em que ele teria encomendado e recebido, inclusive, artefatos para a confecção de bombas”, pontuou o promotor.
Para o Ministério Público, George tratou “questões tão graves, radicais e lesivas” com trivialidade. Para o órgão acusador, a Justiça deve manter a prisão preventiva do gerente de postos.
Defesa e juíza
A defesa alegou que, devido à apreensão do arsenal de George, ele não oferece resistência que motive a prisão. Além disso, pontuou que o investigado não possui residência no Distrito Federal e que ele possui bons antecedentes.
A juíza da audiência confirmou legalidades na prisão em flagrante, além de manter a prisão preventiva de George devido à gravidade do caso e apreensão de grande quantidade de armas e munições. O próprio investigado disse que gastou cerca de R$ 160 mil no arsenal transportado do Pará a Brasília.