Em semana decisiva para o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), os governadores de São Paulo, João Doria, e Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, preparam uma ofensiva entre segmentos do eleitorado tucano, e a disputa para a candidatura à presidência da República segue indefinida até aqui.
Havia uma certa inflexão nas prévias que parecia favorecer o governador Eduardo Leite entre os tucanos, pela longa história no partido e por ser uma liderança jovem, mas João Doria tem grande força no estado de São Paulo, que representa a maioria dos filiados ao PSDB e dificultam a vitória do gaúcho.
Segundo o cientista político Fernando Schüler, no BandNews TV, Leite argumenta internamente que tem menos rejeição nacional do que Doria para a corrida presidencial. Porém, algumas pesquisas mostram que essa taxa não é tão grande como o governador gaúcho gostaria.
Eduardo Leite tem um número de 59% de desconhecimento pelo eleitorado, contra 24% de João Doria, de acordo com a última pesquisa Quast/Genial. Para Schüler, o jovem líder gaúcho tem mais espaço para crescer nas pesquisas do que o paulista.
O racha no PSDB ficou ainda mais evidente na votação da PEC dos Precatórios no Congresso Nacional. Aliados de Doria votaram contra a emenda por serem oposição ao governo, já os deputados ligados a Leite foram a favor à proposta, o que mostra visões diferentes para o projeto 2022.
"Leite é um político mais conciliador e centrista, já Doria é mais agressivo, posicionamentos mais duros. O certo é que o PSDB terá candidatura própria, como em todas as últimas eleições", analisou Schüler.
As prévias do PSDB acontecem no próximo domingo, 21. Internamente já é certo que Leite e Doria não disputarão reeleição para os governos em seus estados caso não sejam o presidenciável tucano em 2022, e devem olhar para novos rumos políticos.
Veja a análise completa de Fernando Schüler no BandNews TV: