Premiada no Chile: cachaça mineira conquista paladares do mundo

Das terras mineiras, a bebida encantou paladares internacionais em um dos maiores eventos premiados de destilados da América Latina

Por Felipe Bambace

Das terras mineiras, uma cachaça encantou os paladares internacionais em um dos maiores eventos premiados de destilados da América Latina. 

“A premiação 'Catad'Or World Spirits Awards', acontece em Santiago no Chile. Foi uma alegria, você carrega dentro de uma garrafa o trabalho de muita gente, o sonho de muita gente, mostra que uma cachaça branca pura pode se enquadrar entre os melhores destilados do mundo”, afirma o produtor Haroldo Narciso.

Se tem uma coisa que sabemos fazer bem é a nossa cachaça. O Haroldo produz tudo em uma fazenda na pacata cidade de Mato Verde, em Minas Gerais. “O solo, o relevo, aquele microclima, aquele ambiente e a expertise do povo favorece a produção de cachaça”, conta Haroldo. 

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil tem 955 produtores de cachaça registrados, com maior concentração em Minas Gerais, com 397, seguido por São Paulo, com 128, que é o maior produtor do país, e Espirito Santo, com 67 produtores.

“Setor que gera mais de 600 mil empregos diretos e indiretos e é uma bebida exportada para mais de 70 países”, afirma o diretor-executivo Carlos Lima, do Instituto Brasileiro da Cachaça. 

Para fazer a bebida, o caldo da cana é fermentado para converter o açúcar em álcool. Depois, tudo é aquecido em alambiques para finalmente se transformar no destilado mais famoso do país. 

De Minas Gerais para São Paulo, o produtor Haroldo armazena a cachaça premiada em tanques, mas o produto também pode ser armazenado em barris de madeira, onde ganha cor, sabor e aroma. 

Haroldo revela qual o segredo, na opinião dele, para uma boa cachaça. “Acredito que o equilíbrio. Uma cachaça de qualidade ela quebra preconceitos, quebra barreiras e paradigmas, isso que é legal, o brasileiro se apropriar de coisa boa, brasileira e de altíssima qualidade”, diz. 

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