O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou por meio de suas redes sociais que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso por abusar de uma mulher grávida que estava na mesa de parto em um hospital de São João do Meriti (RJ), deveria apodrecer “para sempre na cadeia, sem nenhum privilégio”.
“É extremamente lamentável que a nossa Constituição não permita sequer que o maldito estuprador que abusou de uma paciente grávida anestesiada no RJ apodreça para sempre na cadeia, sem nenhum tipo de privilégio. Direitos humanos é para a vítima, esse vagabundo que se exploda!”, escreveu Bolsonaro.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o médico anestesista em flagrante na madrugada desta segunda-feira (11) pela pratica de estupro de vulnerável durante a realização de uma cesárea no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Quintella foi filmado por outros profissionais de saúde quando praticava sexo oral com a paciente, que estava sedada. Os funcionários da unidade já desconfiavam das atitudes do médico.
Nas gravações entregues para a Polícia, Giovani aparece forçando o sexo oral no momento da cesárea. Ele tentou esconder o ato com um lençol. A defesa do médico disse que ainda não teve acesso as provas utilizadas para a prisão em flagrante e disse que se manifestará quando tiver acesso aos autos.
A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, afirmou ainda que o acusado limpou a boca da mulher estuprada para limpar vestígios do crime.
Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável. A pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
O Conselho Regional de Medicina abriu um procedimento para expulsar o profissional dos quadros do CRM-RJ.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro disse que o profissional não é do quadro de concursados do Estado, que Giovanni presta serviço há seis meses na unidade e que uma sindicância foi aberta para apurar o caso. A SES disse ainda que colabora com as investigações da Polícia Civil.