O chamado “passaporte da vacina” contra a Covid-19 é uma exigência para viagens a vários países. E diante das mudanças nas relações trabalhistas causadas pela pandemia, o comprovante de vacinação vem sendo exigido para candidatos a vagas. Quem não se imunizar pode até ser demitido.
Esta política tem sido cada vez mais forte nas empresas – que, por enquanto, na maioria, estão apenas orientando cada um de seus funcionários a se vacinar.
“Se não tem nenhuma justificativa (médica), simplesmente convicção filosófica de vida, aí qual é a medida? Dar uma advertência, ou mais grave, dar uma suspensão e retirar a pessoa do ambiente de trabalho, e ela só retorna se estiver vacinada”, explicou a advogada empresarial Flávia Polycarpo.
Como último recurso, quem se negar pode ser desligado ou até demitido por justa causa.
Nos EUA, empresas como Google e Facebook já avisaram que vão pedir a vacinação para que os funcionários retornem às atividades presenciais.
Por aqui, a Justiça de São Paulo confirmou em segunda instância a demissão por justa causa de uma auxiliar de limpeza de um hospital de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, que não quis tomar as doses contra o novo coronavírus.
Apresentar o cartão de vacinação em dia pode valer não apenas para quem já está empregado. Quem está atrás de uma vaga no mercado de trabalho pode ter dificuldades caso não tome as doses necessárias.
“Os RHs já estão pedindo comprovante de vacina antes de admitir (candidatos), então a gente vai viver um momento onde você também vai precisar, além de outros documentos, apresentar o comprovante de vacinação para ingressar em um novo trabalho” analisou Juliene Salvan, especialista em RH.
