Os israelenses já controlam com tanques o lado de Rafah que faz fronteira com o Egito. O que não controlam, como descobriram na segunda-feira, são as alterações no acordo de cessar-fogo e troca de reféns. E estão decepcionados com os EUA, que não os alertou sobre as "pequenas" modificações, que lhes parece um novo e diferente acordo.
A frase-chave, "calma sustentável", e não "permanente", está mantida, como publicou nesta terça-feira o New York Times, embora em Jerusalém, na noite de segunda-feira, era ela a base da fúria do Gabinete de Guerra, o sinal verde para a nova ofensiva em Rafah.
Outra alteração: nem todos os 33 reféns da primeira troca de reféns por prisioneiros palestinos estão vivos. O Hamas admite que não tem tantos reféns nesta categoria, a "humanitária", que inclui idosos, mulheres e doentes.
As celebrações em Gaza duraram poucas horas. O êxodo de 110 mil palestinos na área visada por Israel em Rafah prosseguiu rumo à "segurança" na área costeira.
Duas entradas de ajuda humanitária estão fechadas: a de Kerem Shalom (Vinhedo da Paz), onde morreram quatro soldados no domingo, e a de Rafah, palco da nova incursão. Uma placa "I??Gaza", diante de um prédio, foi metralhada.
Os tiroteios com drones, morteiros e caças continuam ao Norte de Israel, na fronteira com o Líbano. Mais dois soldados israelenses foram atingidos e mortos na segunda-feira, seguidos de uma onda de retaliações. A França está tentando mediar um acordo pelo qual o Hezbollah ficará afastado até 10 quilômetros da fronteira.
Israel vai mandar uma delegação para participar das negociações que podem salvar o acordo aceito pelo Hamas. Foi por ter se recusado a participar, no domingo, que não ficou a par das alterações feitas.
Tópicos relacionados
- facebook
- twitter
- whatsapp