Um artigo assinado pelo ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, no Wall Street Journal, revela que Israel destruiu uma base de drones no Irã e assassinou um comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, durante o ano em que ficou no poder, de 13 de junho de 2021 a 30 de junho de 2022.
"Dei instruções às forças de segurança de Israel para fazerem Teerã pagar pela sua decisão de patrocinar o terrorismo. Chega de impunidade", escreveu Bennett em seu artigo, publicado na quinta-feira. "Depois que o Irã lançou dois ataques fracassados de UAV (objeto aéreo não identificado) contra Israel, em fevereiro de 2022, Israel destruiu uma base de UAV em solo iraniano. Em março de 2022, a unidade terrorista do Irã tentou matar turistas israelenses na Turquia e falhou. Pouco tempo depois, o comandante dessa mesma unidade foi assassinado no centro de Teerã."
A intenção do artigo de Bennett é a de unir os EUA a Israel para cobrar dos aiatolás iranianos o preço "por semearem o caos através de seus representantes Hamas, Hezbollah e Houthi". Seu título: The US and Israel Need to Take Iran On Directly (Os EUA e Israel precisam enfrentar diretamente o Irã.
"Os EUA e Israel devem estabelecer o objetivo claro de derrubar o regime maléfico do Irã. Isso não é apenas possível. É vital para a segurança e a proteção do Oriente Médio - e de todo o mundo civilizado", conclui o artigo de Bennett. Republicado nesta sexta-feira em Israel, o artigo foi criticado por suas revelações dos ataques ao Irã, que estavam sob censura militar.
Na semana passada, um comandante sênior da Guarda Revolucionária Islâmica, Sayyed Reza Mousavi, foi morto durante um bombardeio aéreo israelense na Síria, pelo qual as autoridades iranianas prometeram vingança contra Israel.