O Irã afirma que o atentado que matou mais de 80 pessoas no Cemitério dos Mártires de Kerman, nesta semana, teve uma “orientação sionista” ao Estado Islâmico, que o reivindicou.
A agência de notícias Tasmin, associada ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), está divulgando que “algumas horas após a implementação da operação, o regime sionista ordenou que o califado do Estado Islâmico aceitasse a responsabilidade por essa ação”.
Uma lei do Oriente Médio, segundo a qual o inimigo do meu inimigo é meu amigo, não se aplica ao Estado Islâmico e a Israel, uma aliança muito difícil de ocorrer, mesmo que o inimigo comum seja o Irã. O atentado perto do túmulo do comandante Qasem Soleimani, assassinado pelos Estados Unidos com um drone, no aeroporto de Bagdá, há 4 anos, envolveu dois homens-bomba, explodidos com um intervalo de 20 minutos um do outro, para atingir os socorristas.
Kamikaze islâmico é uma assinatura do grupo EI. Os Estados Unidos, antes que o atentado fosse reivindicado, já antecipava a sua autoria pelo EI.
O Irã sustentava que os suspeitos pelo ataque eram Israel e os Estados Unidos. Ter mantido Israel, depois que foi divulgada a reivindicação pelo EI, acende um alerta para uma possível expansão da guerra em Gaza. A agência Tasmin conclui: "A declaração atrasada do ISIS (demorou um dia para sair) reivindicando a responsabilidade pelo incidente terrorista de Kerman foi orquestrada pelo serviço de inteligência do regime sionista, e o ISIS simplesmente a disseminou por meio de seus canais oficiais".