Rabinovici: notícias do front no 271º dia de guerra

Por Moises Rabinovici

Rabinovici: notícias do front no 271º dia de guerra
Hamas não responde contraproposta de trégua feita por Israel
REUTERS/Hatem Khaled

MAIS um comandante regional do Hezbollah foi assassinado com a explosão de um drone guiado por Israel, na cidade de Tiro, no sul do Líbano. Chamava-se Abu Ali Nasser, responsável pela unidade Aziz.

UM JOVEM israelense foi morto a facadas, e outro, gravemente ferido, num shopping center de Carmiel, no norte de Israel, por um árabe-israelense que morreu tentando escapar, baleado por um soldado que o perseguiu, depois de ser também esfaqueado.

O autor do atentado foi identificado por sua família pelas redes sociais. A mãe, o irmão e a irmã, ao chegarem ao lado do corpo, foram presos pelo Shin Bet, o serviço de espionagem interno de Israel. Agentes vasculharam a casa da família em Nahf, vizinha à Carmiel, e teriam prendido mais algumas pessoas.

O chefe da polícia local, Itzik Abu Hatzeira, disse que há um dispositivo legal para demolir a casa do autor do atentado, como primeira punição. Há uma suspeita de que haveria um homem armado acompanhando o esfaqueador, que chegou a pé ao shopping-center, subiu ao segundo andar, e lançou o ataque. O Hamas, em Gaza, elogiou sem assumir o atentado.

ALARME de ataque aéreo soou ao norte de Israel, na manhã desta quarta-feira. Três mísseis acertaram áreas abertas da cidade de Kiryat Shmona.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, que estava na fronteira com o Líbano, disse a soldados que prefere um acordo diplomático para evitar uma guerra, mas que o exército israelense está alcançando o estado de preparação total para qualquer eventualidade. Ele também comentou, sem mencionar a morte de mais um comandante regional do Hezbollah, que “todo dia acertamos duramente o Hezbollah”.

VINTE foguetes contra Israel provocaram o deslocamento de 250 mil dos já deslocados palestinos de Khan Yunis, de onde foram disparados, forçando a volta do exército israelense a um campo de batalha já várias vezes arrasado, desde abril considerado apaziguado. Gaza está oscilando entre pausa e reinício de combates. As primeiras localidades por onde a guerra passou, cerca de dez meses atrás, estão tendo que ser revisitadas, reocupadas por grupos do Hamas.

A ADMINISTRAÇÃO Civil da Cisjordânia confiscou mais de mil hectares de terras do Vale do Jordão para futuro desenvolvimento. Estas terras foram conquistadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e deveriam ser objeto de negociações para um status final, dentro de um processo de paz. A posse delas é considerada ilegal. Segundo a organização Paz Agora, essa decisão envolve o maior volume de terras desde o Acordo de Oslo, de 1993, e vem na sequência de outros confiscos em março, 800 hectares; mais 260 hectares a leste de Jerusalém, em fevereiro, e 16 hectares no bloco Etzion, ao norte de Hebron.

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