Raia da USP será transformada em corredor verde

A USP decidiu não dar continuidade à instalação de placas de vidro no muro que divide a raia olímpica da pista da Marginal do Rio Pinheiros

Por Ana Paula Rodrigues

A raia da USP será transformada em um corredor verde. O projeto do muro de vidro, lançado pela prefeitura de SP em 2018, não chegou a ser concluído.

A USP decidiu não dar continuidade à instalação de placas de vidro no muro que divide a raia olímpica da pista da Marginal do Rio Pinheiros.

A primeira parte do projeto, idealizado pela prefeitura de São Paulo, foi entregue em 2018 e, desde então, é alvo de críticas.

Dezenas de placas de vidro se romperam, o que comprometia a segurança do campus. Além disso, os atletas que usavam a raia reclamavam do aumento do barulho no local.

Agora, a proposta da universidade, que assumiu a gestão da raia, é manter as placas já instaladas e fechar os buracos deixados pelas que estão quebradas por grades.

Atualmente há 45 brechas no muro por vidros que se romperam, como explica Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP.

“Aquela parte que está exposta, nós temos 45 placas que estão faltando. Essas placas serão substituídas por essa outra proposta de um gradio e plantas. Com o passar do tempo, caso alguma placa de vidro acabe se quebrando nós vamos fazendo a mudança progressiva para esse conceito. Não temos o custo ainda desta obra, mas vai ser assumido pela universidade”, explicou. 

O rompimento dos vidros na raia olímpica foi investigado pela polícia devido à suspeita de vandalismo, mas isso nunca foi comprovado.

Segundo a SSP, as perícias feitas no local foram inconclusivas. O projeto do muro de vidro da raia da USP nunca foi concluído. Dos cerca de 2 km de extensão, apenas metade do concreto foi substituído.

Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP, afirma que transformar o muro em um corredor verde é uma solução para a questão da segurança do campus e também mais positiva para o meio ambiente.

“Com esse modelo, a segurança acaba sendo resolvida porque todo o muro será fechado. Nós podemos ter a absorção da poluição, que ocorre na marginal, podemos ter inclusive, pássaros que vão poder habitar nesse espaço. É uma mudança do conceito de muro para uma estrutura mais ecológica possível naquele ponto”, disse.

Procurada, a prefeitura de São Paulo respondeu à Rádio Bandeirantes que "a obra não é de responsabilidade do município", embora tenha sido idealizado pela gestão e que "se colocou à disposição para prestar apoio técnico caso a USP julgue necessário".

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