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Rapidez do Pix ajuda criminosos em golpe no WhatsApp

Da Redação, com Jornal da Band

O golpe já é uma prática antiga de grupos criminosos, mas que foi "modernizada"
O golpe já é uma prática antiga de grupos criminosos, mas que foi "modernizada"
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Criminosos que aplicam o golpe da clonagem de WhatsApp estão se aproveitando da nova ferramenta de pagamentos, o Pix. As informações são do Jornal da Band.

Um consultor de mídia, que não quer se identificar, foi uma das vítimas. O WhatsApp de uma amiga foi invadido. Na mensagem, escrita exatamente do jeito que a moça costumava falar com ele, veio o pedido de empréstimo de R$ 2 mil.

“Tudo se encaixava nos hábitos financeiros que eu tenho e ela tem também”, relata.

O golpe já é uma prática antiga de grupos criminosos. O WhatsApp é clonado, e os golpistas utilizam o perfil da vítima para solicitar transferências para amigos e familiares. Agora, com a rapidez do Pix, o cenário piorou.

Em poucos segundos, o dinheiro está na conta que criminoso, que consegue abrir usando documentos roubados. O golpista some rápido.

Como a pessoa faz a transferência por vontade própria, os bancos analisam caso a caso, mas podem alegar que não são obrigados a reembolsar o valor. Então, o cliente lesado tem que abrir um processo judicial para tentar receber o ressarcimento. Por isso, é importante ficar atento.

Se receber um pedido de dinheiro pelo aplicativo, ligue imediatamente para a pessoa para confirmar. Caso a transferência de fato aconteça, faça um boletim de ocorrência. Já existem ferramentas para identificar o fraudador, como endereço IP, por exemplo.

Outra dica: procure não identificar as pessoas na agenda do telefone como "mãe", ou "tio". Afinal, é melhor não facilitar a vida dos golpistas.

“A tecnologia em si é segura. O que a gente está percebendo então é que o golpe não é novo, mas os meios de pagamentos, são", explica o advogado de direito digital Renato Malafaia.

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