
Um dos reféns libertados pelo Hamas neste sábado (15) finalmente conheceu a filha, nascida dois meses após os eventos de 7 de outubro de 2023. Sagui Dekel-Chen foi liberto ao lado de outros dois israelenses em troca de 369 prisioneiros palestinos, em meio ao cessar-fogo em Gaza.
Segundo o Canal 12, emissora de televisão de Israel, Sagui está feliz por conhecer a filha, que tem pouco mais de um ano. "Estou ótimo, ótimo. Eu tenho uma filha", disse ao canal.
A esposa disse à imprensa israelense que lamenta a demora dele ser libertado e pede o esforço de Israel para libertar mais reféns. "Israel deve fazer tudo o que puder" para levar todos para casa.
Segundo a Reuters, logo depois vários ônibus com prisioneiros e detentos palestinos partiram da prisão de Ofer, na Cisjordânia, ocupada por Israel. Alguns deles foram transportados para o Hospital Europeu em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Esta troca faz parte da primeira fase do cessar-fogo. Para a segunda fase do acordo, a ser ainda negociada, ficaram 73 reféns, dos quais 35 confirmados mortos. Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, mais de 47 mil palestinos foram mortos, entre eles crianças, mulheres e cerca de 19 mil combatentes, e 1.200 israelenses, no primeiro dia do ataque, e mais 550 até hoje, 15 meses depois.
Quem são os reféns israelenses libertados?
O refém russo-israelense, Sasha Troufanov, 29, engenheiro da Amazon, foi sequestrado com a avó, a mãe e a namorada, já libertadas, no kibutz Nir Oz. Seu pai, Vitaly, foi morto no ataque. A família imigrou da União Soviética há 25 anos.
O americano-israelense Sagi Dekel-Chen, 36, foi quem deu o primeiro alarme da invasão do Hamas no kibutz Nir Oz. Confrontou os terroristas e foi capturado, contou o pai Jonathan Dekel-Chen, professor na Universidade Hebraica de Jerusalém.
O argentino-israelense Yair Horn, 46, foi liberado, mas seu irmão Eitan, 38, continuará no cativeiro. Ele é conhecido por organizar as festas e dirigir o “pub” do kibutz Nir Oz, que perdeu ¼ de seus membros.