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Retrospectiva 2021: Início da vacinação, inflação e crise política marcam o ano

Em 17 de janeiro, uma dose de esperança foi aplicada na enfermeira Mônica Calazans, primeira brasileira a ser vacinada contra a covid-19

Da redação

Pensar na retrospectiva do ano que termina também pode significar perspectivas para o ano que chega. Neste de 29 de dezembro, a Band destaca o quanto 2021 foi um ano marcado pela pandemia, que provocou milhões de mortes, além da crise política, ambiental e econômica. Saiba o que foi destaque neste ciclo:

O segundo ano da pandemia

Apesar de o Brasil ter atingido a marca de 600 mil mortes por covid-19, 2021 começou com um respiro. Em janeiro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso emergencial das vacinas Coronavac e AstraZeneca, num contexto em que o país registrava média de 2 mil óbitos diários pela doença.

Em Manaus, pessoas morreram asfixiadas devido à falta de oxigênio nos hospitais da capital amazonense. Relatos e denúncias viralizavam na internet para chamarem a atenção do mundo ao que acontecia no Norte do país. 

O negacionismo sanitário virou pauta. De um lado, grupos que defendiam tratamento com medicamentos ineficazes. Do outro, cientistas do mundo inteiro em prol da vacinação em massa. O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) teve conteúdo removido de redes sociais por associar vacinas à Aids, o que foi desmentido pela Sociedade Brasileira de Imunologia.

No fim do ano, surge uma nova variante: a ômicron. Apesar das incertezas da ômicron, o ritmo acelerado da vacinação brasileira empurra o número de mortes para baixo. Neste final de 2021, vários estados não registraram óbitos em 24 horas. Com isso, aos poucos, a normalidade pré-pandemia se aproxima.

Volta às aulas

No contexto de pandemia, o principal desafio do Estado é combater a evasão de crianças, adolescentes e jovens, sobretudo os alunos da periferia. Pesquisa da USP (Universidade de São Paulo) mostrou que a educação online foi insuficiente e acirrou a desigualdade entre os brasileiros.

“No ano que vem, os dois principais desafios serão: recuperar e avançar a aprendizagem, que já era um desafio antes da pandemia, e garantir que todos os alunos, principalmente os jovens, estejam estudando e concluam o ensino médio, porque a evasão escolar subiu demais no país”, analisou Priscila Cruz, presidente do Todos pela Educação.

Vídeo: Retrospectiva 2021: um olhar para 2022; assista na íntegra

Pesadelo da inflação

O brasileiro não teve tempo de preparar o bolso para aguentar a inflação em 2021. Carne bovina, por exemplo, passou a ser considerada item de luxo nas mesas. Em outubro, o IBGE destacou que houve a maior alta de preços para o mês desde 2002.

A busca por ossos e a substituição por gás de cozinha por lenha se tornou comum entre os brasileiros. O preço dos combustíveis pesou ainda mais no bolso. Só neste ano, a gasolina, por exemplo, aumentou 70%. Em muitos estados, o valor ultrapassou os R$ 6.

Crise política no Brasil

O governo federal perdeu importantes batalhas para manter a governabilidade do presidente Bolsonaro. Ministros como Ricardo Salles (ex-Meio Ambiente) e Ernesto Araújo (ex-Relações Exteriores) saíram do Planalto.

O ano também ficou marcado por insinuações de Bolsonaro ao uso dos militares para defenderem as colocações do presidente. Em 7 de Setembro, manifestantes pró-governo foram às ruas, ocasião em que criticaram o STF (Supremo Tribunal Federal). O chef do Executivo chegou a dizer que descumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes.

O Brasil nas urnas

Depois de sete anos, a força-tarefa de Curitiba, o maior símbolo da Operação Lava Jato, foi extinta. Em meio a isso, o STF decidiu transferir todos os processos contra o ex-presidente Lula para o Distrito Federal. Como consequência imediata, as condenações anteriores foram anuladas, e o petista tornou-se elegível para disputar as eleições em 2022.

Após dois sem partido e muita negociação, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). Já que a corrida eleitoral se antecipou, o PSDB escolheu João Doria, governador de São Paulo, como pré-candidato à presidência. O ex-juiz Sergio Moro, responsável pelas condenações de Lula, filiou-se ao Podemos, aparecendo como um dos destaques da chamada “terceira via”.

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