A reunião entre parlamentares e caminhoneiros, feita na manhã desta quinta-feira (28), na Câmara dos Deputados, terminou sem acordo em Brasília. As lideranças da categoria disseram que a previsão de greve segue mantida para a próxima segunda (1º).
Segundo apurado pela reportagem, apesar da participação virtual de várias das lideranças dos caminhoneiros, o encontro acabou esvaziado pela ausência de vários políticos, dentre eles, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na pauta de 15 itens que foi trazida pelos motoristas, estavam os sucessivos reajustes no preço do diesel e a política de preços da Petrobras e a falta de diálogo com o governo.
Além disso, a categoria apresenta sinais de um “racha”, já que outra parte dos caminhoneiros têm previsão de se reunir com Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura, ainda nesta quinta. Esta ala é contrária à paralisação das atividades.
A parte dos caminhoneiros favorável à greve diz que é “difícil mensurar” a extensão da ação, mas garantiu que a “categoria está mais unida que em 2018”. Já o governo crê que, caso se decida pela paralisação, a adesão não deve ser “de grande porte” para afetar o abastecimento, segundo o próprio Tarcísio de Freitas analisou, em entrevista para a Rádio Bandeirantes.
Em caso de greve, a expectativa é que a concentração comece no Porto de Santos, em São Paulo, e se estenda por outras grandes vias. Segundo as lideranças dos caminhoneiros, ao menos 100 mil motoristas vão aderir ao movimento e não há previsão de bloqueio de vias em um primeiro momento, mas eles pediram “moderação” ao governo na condução dessa crise.