Seis réus são condenados por matar jovem e filmar execução em Porto Alegre

Paola Avaly Corrêa foi colocada em uma cova aberta na mata e morta a tiros em Porto Alegre, em maio de 2018

Da redação

Seis réus são condenados por matar jovem e filmar execução em Porto Alegre
Paola Avaly Corrêa tinha 18 anos e foi morta a tiros
Reprodução

Os seis réus acusados de sequestrar uma jovem, colocá-la em uma cova aberta na mata, matá-la e filmar a execução em um bairro de Porto Alegre foram condenados a penas que variam de 8 a 36 anos de prisão pela Justiça do Rio Grande do Sul. Paola Avaly Corrêa foi assassinada em 2018. Ela tinha 18 anos. O caso repercutiu muito depois que os criminosos distribuíram o vídeo da execução nas redes sociais.

O júri foi presidido pela Juíza de Direito Cristiane Busatto Zardo, titular da unidade especializada em feminicídios e realizado em dois dias. Três réus foram julgados na terça-feira (28) e os outros três na quinta (2). Veja as condenações:

  • Nathan Sirangelo - 36 anos de reclusão em regime fechado (mandante do crime, foi condenado por homicídio qualificado - motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio - além de ocultação de cadáver)
  • Bruno Cardoso Oliveira - 31 anos de reclusão em regime fechado. Teria feito o planejamento e convocação dos comparsas, foi condenado por homicídio qualificado - motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio - além de ocultação de cadáver).
  • Carlos Cleomir Rodrigues da Silva: 16 anos e 2 meses de reclusão (feminicídio e ocultação de cadáver). Foi condenado como o autor do tiro que matou a jovem.
  • Vinicius Matheus da Silva: 28 anos de reclusão (feminicídio e ocultação de cadáver). Ele teria sequestrado a vítima.
  • Thais Cristina dos Santos - 9 anos de reclusão. Poderá apelar em liberdade. Foi condenada por ceder a casa onde a vítima foi levada, indicar o local e filmar a execução.
  • Paulo Henrique Silveira Merlo: 8 anos e 10 meses de reclusão. Foi condenado por homicídio simples, por ter cavado o buraco em que Paola foi colocada para ser executada.

O crime

Nathan Sirangelo teria ordenado os crimes de dentro da Cadeia Pública da Capital gaúcha, depois que Paola, com quem manteve relacionamento, fez postagem que o desagradou, inclusive em relação à sua posição de liderança do tráfico de drogas. 

Paola foi raptada no dia 13 de maio de 2018, amarrada, jogada em uma cova feita e um matagal e morta a tiros. O corpo foi deixado no local e achado quatro dias depois, na Vila Tamanca, Bairro Lomba do Pinheiro. A morte foi filmada e o vídeo divulgado em aplicativo de mensagens e em redes sociais. A jovem tinha 18 nos.

O envolvimento nos fatos de um adolescente foi processado na esfera da Infância e da Juventude, resultando na condenação de cumprimento de medida socioeducativa de internação sem possibilidade de atividades externas, em agosto de 2018.

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