O governo federal colocou forças federais, como a Polícia Federal (PF) e Força Nacional, à disposição da Secretaria de Segurança do Rio Grande do Norte (SSP-RN) em resposta aos ataques criminosos que ocorreram em ao menos 17 cidades do estado. Na madrugada desta terça-feira (14), carros, ônibus e prédios públicos e privados chegaram a ser alvos de incêndios e tiros.
A informação foi confirmada pelo titular da SSP-RN, o coronel Francisco Araújo, em entrevista à BandNews FM. Para a Segurança do estado, os ataques são uma retaliação dos bandidos devido a operações de combate ao crime organizado.
Em uma coletiva de imprensa, autoridades da SSP-RN informaram que ainda apura a origem dos ataques, mas há chances de os ataques estarem relacionados a operações recentes de combate ao crime organizado no estado.
“Nós acreditamos que, inicialmente, durante o mês, nós tivemos ações policiais de enfrentamento à criminalidade, nas quais apreendemos grande quantidade de drogas, armas. Enfrentamos esses infratores. Alguns deles, inclusive, vieram a óbitos nessas ações. Isso mostrou a força do Estado. De certa forma, há um descontentamento [dos bandidos] com o sistema”, disse o secretário.
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Explosão, incêndios e tiros
Moradores de Parnamirim, na Grande Natal, foram acordados com a explosão de um disjuntor de energia, que pegou fogo quando um ônibus escolar foi incendiado. Na cidade, foram registrados ataques no fórum, cuja guarita foi perfurada por tiros, e também na Secretaria de Obras, onde dois carros foram queimados.
Em Natal, um dos ataques foi a um supermercado. As imagens das câmeras de segurança mostram a invasão do estabelecimento por cinco homens. Houve disparos de arma de fogo, vidros quebrados e arremesso de explosivos.
Segundo a SSP, na cidade de Timbau do Sul, onde há a Praia de Pipa, um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte, oito carros da prefeitura foram incendiados.
Em Mossoró, segunda maior cidade do estado, uma garagem da prefeitura foi incendiada. O reforço do policiamento no estado contará com o apoio de forças federais. Inclusive, houve contato do Ministério da Defesa com o governo do Rio Grande do Norte.