O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse durante depoimento à Polícia Federal, ao ser preso, que entregou seu celular a uma pessoa para que o aparelho fosse jogado em um rio próximo.
O diálogo entre Jefferson e os investigadores está em um documento enviado pela corporação ao Supremo Tribunal Federal. De acordo com a descrição, o ex-deputado afirmou que fez isso pois em outras ações policiais seus celulares teriam sido apreendidos e nunca mais devolvidos.
A Polícia Federal também solicitou imagens de câmeras de segurança instaladas no portão de acesso à rua, onde estava Roberto Jefferson e moram todos os familiares dele, mas o político disse que o sistema estava inativo.
O político foi detido na cidade de Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio, por ordem do ministro STF Alexandre de Moraes. A prisão foi um desdobramento do inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia. Roberto Jefferson está em prisão preventiva, que não tem prazo pré-determinado na legislação processual penal. Na prática, ele deverá seguir nesta condição até uma nova avaliação do caso.
Nesta segunda-feira (30), a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-deputado por incitação ao crime, homofobia, estimular a população a invadir o Congresso, a atacar instituições, como o Supremo Tribunal Federal, e a reagir a policiais militares. A denúncia foi assinada pela subprocuradora Lindôra Araújo, que cita a Lei de Segurança Nacional.
O presidente nacional do PTB passou mal, nesta segunda-feira, e foi levado para um posto de saúde no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. O ex-parlamentar teve um mal estar gástrico, passou por exames, foi medicado e voltou para a cadeia.