Depois de uma manhã de interdições devido a protestos realizados por caminhoneiros nesta quinta-feira (9), o Ministério da Infraestrutura anunciou em nota que todas as rodovias federais foram liberadas. Segundo o comunicado, às 20h30 foi registrada uma redução de ocorrências em todos os estados monitorados.
Nas vias federais, ainda são registradas pontos de concentração de veículos no acostamento em 14 estados, mas sem interrupção das vias. Entre eles estão: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
Mais da metade das ocorrências de caminhões parados em acostamentos está concentrada na região sul do país.
As manifestações são feitas principalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e são reflexo dos atos de 7 de setembro. As associações da categoria, que protagonizaram a greve de 2018, ficaram de fora do protesto desta semana, alegando que esse movimento é desvinculado das pautas dos caminhoneiros, e foi aderido apenas por caminhoneiros autônomos.
“É meia dúzia de pessoas mal intencionadas(...) Lideranças dos autônomos não estão nesse movimento. Tenho falado com eles que somos contra qualquer movimento para prejudicar nosso abastecimento”, disse Francisco Pelúcio, presidente da Associação Nacional de Cargas.
Bolsonaro já havia enviado um áudio para circular nos grupos de caminhoneiros, falando sobre as consequências econômicas causadas pelo desabastecimento de produtos. Entretanto, apesar dessa tentativa, o governo federal encontra dificuldade na negociação justamente por conta das variadas lideranças e reivindicações dos motoristas.
Sem adesão da maioria, o protesto não gerou desabastecimento em mercados ou postos de combustíveis. Mesmo assim, alguns motoristas mais preocupados chegaram a formas longas filas em postos em Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco e interior de São Paulo.